quinta-feira, dezembro 11, 2008

Dos preparativos


Carta de Aceitação – um parto. Preencher todos aqueles formulários para o visto – uma vida. Juntar, economizar, dar um não a vários ‘eventos sociais’ i-n-d-i-s-p-e-n-s-á-v-e-i-s – um sufoco... Dizer: meu nome é Tchau! – NÃO TEM PREÇO!

Aliás, tem sim. E não é muito baratinho não... Primeiro que você faz uns acréscimos no seu guarda-roupas. Casacos, gorrinhos, luvinhas, cachecóis, botinhas... Tralhas inúteis em Salvador podem salvar vidas em outras partes, sabiam?

Depois você cobre custos disso, compra aquilo, vai pra-baixo e pra-cima, resolvendo o que parece insolucionável... E... e... e... Tem que ter mais dinheiro ainda na sua conta, pra sobreviver lá fora sem estar desesperado por emprego. Dica importante essa! rsrs

No final, você nota que tudo é custa uma NOTA e que você vai precisar muito muito muito de seu passaporte e de seu lenço. Mas todas as vezes que se olhar no espelho, dali pra frente, vai se deparar com a REALIZAÇÃO estampada na cara...

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Do propósito

Você tem uma idéia do que é um viquingue porque lê as tirinhas do Hagar no Caderno 2 de A Tarde, o EX-maior do Norte/Nordeste? Pra você, Versailles é um carro desinteressante porque já saiu de linha? Napolitano é aquele sorvete delicioso, de três sabores - coco, morango e chocolate? Sartore era aquela loja que mudou de nome para io (que todas as Patys soteropolitanas chamam de iô)... Então você deveria fechar os olhos às finitas impossibilidades e entender que nós somos hoje = nossas vivências + nossas influências.

Todos os meus amigos, principalmente os mais próximos, sabem desse meu sonho grande de morar fora. Mas meu desejo não é o de tentar a vida em uma realidade do primeiro mundo, muito menos fazer um passeio qualquer para o país que for. Meu objetivo é o de conhecer a Europa. Conhecer de perto uma outra “civilização”, com diferentes critérios de civilidade. Minha vontade é de me jogar naquele caldeirão de culturas, me permitindo o convívio, a interação e o relacionamento.

E, contrariando a “nobre”, que bateu seus sapatinhos (que Deus a tenha) ao fugir do Brasil, dessa terra eu quero o pó, o resto e a ressaca. Eu vou, mas eu volto!