sexta-feira, janeiro 30, 2009

The Lottery

Árvores muito comuns em Malmö
Não sei a espécie, mas são lindas


Alguma dessas teorias evolucionistas que não conheço bem deve explicar o porque dos diferentes tipos de corpos e traços e feições dos seres humanos. Eu sou uma pessoa preocupada em encontrar essas respostas em atos simples do dia-a-dia. Por exemplo, descobri porque europeu tem nariz fino e alongado.

A resposta parecia muito simples: aqui é frio e todo mundo tem que ficar fazendo movimentos com as mãos para aquecer seus narizes, dessa forma, com o passar dos milhões e milhões de anos, os narizes europeus ficaram afilados, alguns quase sumiram, outros quase viraram canudos.

Meu amigo tem uma outra teoria, mas achei meio sem pé nem cabeça. Segundo ele, os narizes são finos aqui e grossos na África por conta das temperaturas dos referidos locais também, como eu havia dito. Mas, para ele (tudo mentira, não acreditem), em regiões quentes, as pessoas precisariam colocar mais ar para dentro, refirgerando o interior de seus corpos. Aqui, se as narinas fossem muito abertas, o calor não seria armazenado. Tem condição ouvir uma história dessa?

Brincadeiras à parte, mais um dia interessante. To começando a fazer ‘amigos’. Ontem, um colega do meu lado puxou assunto. Do nada, o cara me saiu com um “what’s your name?” Aura. E ele respondeu: ohhh Óoora! Todo gringo, exceto Ramon, me chama de Óra. Parece coisa de baiano. Por exemplo, meu vizinho é Ógênio, de acordo com o dialeto da Soterópolis.

Indiano de Bangladesh, não consegui gravar o nome dele. Meio esquisito, quando eu tava indo embora, no portão da faculdade, ele perguntou por qu eu estava indo embora. Como assim, Bial? Eu disse que tinha que estudar, ele falou que o melhor lugar para estudar era na faculdade, com os recursos de lá e tal. É estranho e e ainda por cima é moreno de olho verde. Éca! Sai pra lá!

Ontem também li o texto The Lottery, de Shirley Jackson. Traduzi as palavras que não eram de meu domínio e fui à compreensão geral, uma vez que iria escrever um Paper Response para o seminário de hoje.

A história é sobre um vilarejo com pouco mais de trezentas pessoas, onde ocorria anualmente uma Loteria. Todos muito animados, os primeiros a chegar foram as crianças. As pessoas foram se aglomerando numa espécie de ritual, tudo muito simbólico, até os nomes das pessoas figuravam suas personalidades e características do evento.

O sorteio seria feito em duas etapas, primeiro o sorteio de uma das famílias do vilarejo e depois o de um dos membros da família vencedora. Pra encurtar o perrengue, uma família foi sorteada lá e então novos bilhetes foram entregues ao seus 5 membros. Rapaz, a mãe foi a escolhida. De repente toda comunidade começaou a apedrejar a mulher até a morte.

Caiu a ficha, meu povo? Até pesquisei um pouquinho sobre a escritora. O texto dela descreve uma situação em que as pessoas se reúnem justamente para sortear o “assassinato” a pedradas de um dos membros da comunidade. Mórbido demais. Mas muito bom. Procurem. Deve haver alguma versão em português.

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Bonitinho mas ordinário (o edifício)

Turning Torso, de Santiago Calatrava
Dizem que ele estava travado no dia do projeto


Esta é a Turning Torso, edifício em espiral projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava. Não fui nem irei lá. Bela como seja, me causa arrepio imaginar que existem pessoas transitando por ali. Nenhum santo seria capaz de me conduzir a este local. Talvez, se deus viesse me pedir... Mas só serveria aquele da Santíssima Trindade. Me desculpem os engenheiros, Lo Enjeñero, meu irmãozinho e todo o CREA, não confio na Engenharia Moderna. Suporto a convencional. Admito a arquitetura de Niemeiyer só porque ele tem mais de 100 anos.

Ontem, mais uma vez meio sem saber como voltar pra casa, levantei meu dedinho para um rapazinho que vinha chegando e perguntei qual o ônibus que deveria pegar pra Central. Ele me ensinou, me perguntou de onde eu era e a gente foi conversando. O cara é do Kosovo. Mais um ‘refugiado’, como o da Bósnia, como Ahmad, do Afeganistão. Aqui parece o paraíso para essas pessoas. Oportunidade de trabalho, estudo gratuito, paz. Engraçado que a gente se comunicou praticamente em línguas diferentes.

Antes que eu me esqueça, também cometi a tradicional mancada de colocar o braço pro buzu parar. Aqui o buzu pára e pronto. Sem erro. Mesmo assim, retiro TODOS os elogios referentes à organização e pontualidade do tranporte público daqui. Óbvio que funciona. No dia que algum buzu atrasar 3 minutos que sejam, o cidadão vira picolé, morre congelado e para de pagar imposto. Ou seja, a pontualidade é uma questão de saúde pública e financeira.

Pra dar um adiantada no meu lado, comprei um dicionário Oxford University Press, 300 mil verbetes, English to English. Demais! As coisas estão indo bem na faculdade, ontem teve o Student Union Day. Tipo uma palestra sobre a Student Union, um super grêmio sueco presente em todas as universidades do país. Uma organização estudantil com força estupenda junto ao governo, na luta pelos direitos dos estudantes.

Pra terem uma idéia do poder, os professores de universidades suecas têm que ser indicados por estudantes e, antes de poderem ser admitidos pela instituição de ensino, são entrevistados por dois membros da Student Union. Esse grupo, do qual sou membro, pois já paguei minha taxa semestral de 270 pilas (SEK), desenvolve diversas atividades para integrar, motivar e informar a gente, incluindo Exchange Students, como eu, e International Students.

Foi através dessa palestra que descobri um dos motivos que levam a Malmo University buscar alunos em outros países para que estudemos “de graça”. O governo sueco paga uma taxa, variável a depender do curso, por cada aluno matriculado. E não é pouco dinheiro. É coisa de rico. Eu tinha o direito de saber disso. Só não sei exatamente quanto eu custo aos cofres públicos suecos.

Mais macorronada com aquele molho delicioso pra galera. Na minha santa ingenuidade, fui ao supermercado e comprei um pratinho de carne moída pra incrementar. Tava baratinho e não titubeei. Quando estava empolgadamente “no preparo”, meu roomate correu pra cozinha, leu o rótulo, em sueco imcompreensível, e disse: Pare, eu vou comprar uma carne pra você. Essa não presta. Perguntei se estava vencida e ele disse: não, é 50% carne suína e minha religião não permite. Ele jogou fora. Eu perguntei se ele não se preucupava com as criancinhas que passam fome. Isso não é discussão pra ele. Pedi desculpas.

terça-feira, janeiro 27, 2009

Sem título sem nada


Você pode não entender,
Não ver ou não sentir
Mas vivi aquele dia como se a vida fosse continuar
Mas a vida parou ali

Do lado de cá não parece meu
Ninguém pra me ouvir
E no peito amargo só uma lembrança
De que a vida ficou aí

Eu jamais soube de fato
Das coisas que ia ver
Se soubesse que era tudo tão cinza
Me esconderia debaixo da cama

Um detalhe que não faz diferença


Pois bem, ontem foi mais um dia em Malmo. Feliz, diga-se de passagem. Conheci minha “Interact” Josefin (se fala Iôsefin). Ela é uma menina muito inteligente, espontânea, amigável e me convidou para conhecer outros estudantes de intercâmbio que estão na Suécia, o que pra mim parece maravilhoso. Fiz um café brasileiro pra ela. Coitada. Tava péssimo. Josefin também elogiou meu inglês. Pontos para Ramon, my so good friend and English teacher.

Acordei meia hora atrasada, 8h da manhã aqui e 4h aí, o fuso horário me acaba. Fui pra faculdade, já que teria mais uma aula do apressado professor de Academic Writing. Caraca, tudo OK. Ele é apressado, mas nada melhor pra mim que um desafio, e tive mais uma prova, eu posso acompanhar a aula dele.

Tem uns 4 dias que o sol não dá as caras por essas bandas. Gostaria que ele aparecesse de vez em quando. Faz bem. Só fica escondido atrás de uma céu cinza ‘horroroso’. Maybe tomorrow. rsrs

Ontem meu amigo fez Kekbob pra gente comer. Nossa senhora! Super super super bom. Vocês não têm noção. Calma! Já pedi a receita. Pelo menos, sabendo cozinhar eu volto. O cara é fera! Pra dizer a verdade, anteontem ele também cozinhou (um franguinho ao molho madeira). Hoje, vou fazer alguma coisa. Já tá ficando feio!!! Rss Strogonoff é uma boa pedida. Rs

Sei que todos querem saber o que fiz no final de semana. Estudei. Já tá de bom tamanho.

Agora to ouvindo um pouquinho de Chico Buarque e antes tava ouvindo um forrozinho na voz de Fagner. A saudade fica mais branda quando a gente escuta uma voz amiga. rs

“Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei
Eu te estranhei
Me drebucei
Sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos,
nos teus pelos, teu pijama
Nos teus pés, ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta, no tapete
Atrás da porta, reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar
A qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que’inda sou tua
Só pra provar que’inda sou tua” (Chico)

> Tudo isso com um detalhe: “Sinto saudade, mas fui eu quem disse adeus”.

domingo, janeiro 25, 2009

Chegada

Já passava das 22h quando cheguei em Copenhagen e peguei minhas bagagens que, por muita sorte, não foram extraviadas. Tive, lá mesmo, que comprar um bilhete de trem numa máquina que não aceitava dinheiro, paguei com cartão de crédito e a fatura será emitida para minha digníssima residência em Salvador. Também te amo, papai!!! Sem susto! No máximo uns 30 continhos.

Tudo escrito em sueco e dinamarquês, nem um piu em Inglês. Português é lingua morta por estas bandas. Vi, de longe, dois jovens, e resolvi perguntar pra que lado era o trem pra Malmo. Era, na verdade, um casal de moças super simpáticas, Sandra e Cristina, que falavam Inglês, e me trouxeram pra casa. Dividimos um táxi e, quando fui pagar minha parte, elas simplesmente recusaram, dizendo: Just Welcome to Malmo!

Sobrevôo não programado


Conhecer os aeroportos europeus nunca foi lá um sonho pra mim. Mas já que tive que passar pela experiência do acréscimo de mais 11 horas na minha trip, uma conexãozinha em Londres não seria nada mal.

Pra começar, quando o avião levantou vôo em Madri, olhava pela janela sem parar. O avião estava supervazio, o que me desonerava do mico de me sentir no Google Maps. Super demais. Olhar tudo lá de cima, mesmo sem entender muito do que estava vendo.

Duas horas mais tarde, e já com a conexão para Copenhagen perdida, o piloto avisa aos “navegantes” que há congestionamento no aeroporto de Londres, o que o obrigaria a fazer, aproximadamente, 20 minutos de sobrevôo naquele lugar “horroroso”.

Na verdade, acho que se passaram mais de 30 minutos, mesmo assim eu não cansava de tentar identificar tudo o que via pelo meu Guia Europa, presente de Ramon no meu último aniversário.
Apalpadelas

Dentro do aero, buscando meu destino para Copenhagen, foi aquela chateação de tirar sapato novamente. Desta vez, uma mulher me apalpou todinha porque o detector de metais resolveu apitar. Rapaz, acho que ela tem uma queda por mulheres, me apalpava e ria, não entendi nada. Acho que tava na cara que eu era ‘raule’ ali. Sei lá.

Depois que passei por essa situação HH – humilhante e hilária, dei de cara com as diversas lojas do free shop. Rapaz, fiquei doida com os perfumes. DOIDA. O mais carinho que vi era 30 euros. Pouco mais de 90 conto, minha gente. Por aí ultrapassa os 220. Afff! Até agora sonho com aquelas porcarias. Hahhaah

Após o último “strep tease”, é, havia mais um, corri direto pra uma lanchonete, acho que o nome era Giraffa’s ou coisa parecida. Lá escolhi um hamburguer com bife 100% de carne inglesa e um refri. Que coisa triste, meu povo. Sabe quando você pega o pão cacetinho e queima direto na boca do fogão, a carne tinha esse gosto. E o refri... água com gás. Ou melhor, mais gás do que água. Nenhum molho sensível a meu paladar, alface de plástico, uma secura só. Afff que saudade do San Filé.

A comunicação

No caminho para o avião lotado de dinamarqueses, falando dinamarquês alto, uma placa de sinalização assim: Exit. O que me fez pensar: por aqui não. Mas era por ali mesmo. Oh povinho doido, viu. Quando tentei falar com um senhor no corredor, que incorreu no mesmo erro que eu, ele riu e disse: I can’t speak English. Rsrs Dentro do avião, sentou-se coincidentemente ao meu lado e falou alegremente: I’m here again. Todo o restante de tentativa de comunicação findou-se. Havia emissor, mensagem, receptor, mas a linguagem era incompatível. heheh comunicólogos!

sábado, janeiro 24, 2009

As primeiras impressões, dificuldades e afeições


Estou pegando uma única disciplina, English I, dividida em quatro módulos: Academic Writing, Reanding and Responding, Phonetics e Grammar. Nos dois primeiros meses só vou estudar as duas primeiras, e nos meses seguintes, as duas últimas. Gostaria que fosse o contrário, porque acredito que, no meu caso, me daria maior suporte no idioma.

Ja tive um pequeno estranhamento com meu coordenador, Mr Grimur. Eu pedi pra ele falar um pouquinho mais devagar, e ele, ao invés de diminuir o compasso, me respondeu com um: This subject is to advanced students. ...Ok. Mas eu estou certa de que me inscrevi para um curso para Basic Level. No mais, eu havia compreendido a aula completamente e foi o que eu disse a ele.

Meus professores são perfeitos, as aulas são super interessantes. Essa semana também tive meu primeiro susto dentro da sala. O professor de Academic Writing fala simplesmente voando. Pergunta sem entonação de interrogação e seu monólogo é, em geral, um diálogo com sigo mesmo. Pra ser mais explícita: “Ele mermo pergunta, ele mermo responde”. Hhaha

No começo da aula, tive vontade de levantar e ir pedir para ser apenas ouvinte daquela aula, com o passar do minutos fui lendo os slides e compreendendo o que ele tava dizendo. No final da aula tava respondendo CORRETAMENTE, diga-se de passagem, às perguntas dele. Vou meter as caras, mas o assunto também é a minha praia.

Meu professor de RR é uma figura magnífica. Na primeira aula, eu ainda não estava registrada e não queria perder nada. Ele percebeu minha ansiedade e com muita sensibilidade disse: Don’t worry. Hahaha Deu vontade de completar: Be happy! Hahaha
No final da aula ele falou que, se alguém tivesse algo a adicionar, algum questionamento ou sugestão, bastava se pronunciar, afinal ele vinha da California, não era Sueco. Por aí vocês tiram a fama do povo daqui.

Sexta-feira, sexta-feira

(em 23.01)

É simplesmente incrível o que estou sentindo. Um misto de felicidade irremediável com insegurança superável, assim espero. Às vezes, me vem um desespero, muito rápido e contido na garganta, quando não sei como vou fazer pra superar as dificuldades que me cercam. Minha sorte é que o Defeito Financeiro não me aperta por aqui.

Meu Inglês não é avançado, mas dá pro gasto. Entendo quase tudo o que os professores falam e, se não for o bastante, gravo todas as aulas pra repassá-las e ter uma compreensão maior das atividades extra-classe. Os assuntos tiro de letra. Estão bem na minha área do conhecimento, Literatura, Gramática e essas coisinhas que adoro e sempre adorei.

Sexta que vem tem meu primeiro seminário. Vou passar o fim de semana todo estudando pra ele. O que me tira do sério agora é a necessidade de falar em público. Odeio isso no meu amado salve-salve Portuga, imagine nessa disgrama enrolada que é o Inglês. Não quero dar corda pro que não é bom, mas meu caso é uma fobia.

Da viagem


Como disse irmä Dulce: puta que pariu! (royalties pra seu francuel). Cheguei no Rio quase meio dia e fiquei la ate quase meia noite. No aeroporto dois constrangimentos, em português, óbvio. O voo atrasou, logo perdi minha conexåao Madri – Copenhagen. Depois, mudaram toda a minha rota, me mandaram fazer conexäo em Londres.


Ainda no Rio, entrei na unica lan house do aeroporto pra avisar ao estudante que me pegaria na estacao em malmo q estaria atrasada e a moca me informou que custaria 42 reais a hora, 70 centavos o minuto. E nem contei isso como costrangimento. No final, paguei 3,50 pelos 4 minutos e 21 segundos. Dei 5,50, peguei 2 de troco e troquei duas palavras com a mocinha do caixa. Quando dei as costas ela me pegntou: Hei, você ja pagou???? Filha da puta. Na frente de todo mundo. Mas esclareci e fui embora.


Lá pras 20 horas entrei no embarque, sentei-me confortavelmente e comecei a olhar o tumulto. Rio de Janeiro e tumulto säo sinonimos, acreditem. Reforma urgente para um galeao em reforma. Em menos de 5 minutos, uma mulher fardada me abordou meio sorridente, meio me acuando. Vai pegar o proximo voo? Vou pegar o voo pra Madri. Vai fazer o que la? Turismo? Na verdade näo vou pra lá, meu destino "final" é Copenhagen. Ah! E vai fazer o que lá? Vou estudar, pq? Entäo você sabe que é a única responsável por você até suas aulas comecarem, näo??? Na verdade ja comecaram, estou atrasada. Ahh entåo aproveitou o verao brasileiro um pouco mais, hein?? Deu as costas e foi embora. Escrota. Ta achando que eu sou o que?


Vi Márcio Garcia embarcando para os EUA. Demais. Demais. Lindo, alto, forte. Afff rsrs (Morra de inveja, Sissa).


No aviäo, meu colega de poltrona era o único espanhol educado que ja vi. Levantava pra pegar água, puxava assunto, me explicava os termos em espanhol que nåo compreendia. Sem interesse. Ele ama o Brasil e é casado com uma brasileira. Disse que trabalha 11 meses por ano esperando as ferias no Brasil. No aeroporto e Madri, todos os funcionarios foram no minimo grosseiros. Tive que tirar os sapatos para passar no detector de metais. Mas eles fazem isso com todos.


Desculpem minha digitação, tava usando teclado sueco. Depois volto e conto mais. Aguardem: meu sobrevôo de 20 minutos por Londres.

Da chegada



Tá tudo dando certo, ao que me parece. Estou morando num lugar maravilhoso. Minha casa eh super confortavel, meu roomate eh super amigavel e esta me ajudando em tudo tudo o que preciso.Fui à primera aula ontem (19) e adorei. Entendi quase tudo, muito legal o assunto, falava de tipos de texto, de narrador, de pontos de vista. O professor eh da Califórnia, com um Inglês super tranquilo.

Rapaz, com me parco Inglês to me virando e até ja dei conselhos amorosos para meu partner. HahahaA cidade é algo assim de lindo. Totalmente organizada. Os ônibus têm horários extatos. Chegam na hora sempre. Aqui nao tem engarrafamento. Na estacao de trem vi 3 velhos bêbados, como mendigos. Acho que säo loucos ou algo parecido. Nenhum cidadäao sueco precisa ser pobre.
Os dias säo curtos. Amanhece la pelas 9 e anoitece umas 17horas. Mas sem problema. Todo mundo aqui trabalha pouco e dorme muito. Hahahha brincadeira.
A cidade parece sempre um pouco calma demais pro meu gosto. Ontem conheci um homem da Bósnia, ele me ensinou o caminho de volta p casa. Ele é refugiado da Guerra e perguntou de onde eu era. Quando falei Brasil, ele disse que eu deveria estar odiando a Suécia pq aqui se anda pela rua com a certeza de que nada vai acontecer, nem de bom nem de ruim. Hahah Espirituoso, näo? Rs
Quando estava na fila do supermercado, perguntei a mulher de trás se ali aceitavam o meu cartao. Ela disse que sim. Depois, ela falou: você é brazileira? Que susto! Vidente???Näo… rsrs Ela disse: quando estive em Säao Paulo, comprei botas iguais as suas. Hahahaha que figurinha, viu?! Super gentil. A maioria dos suecos é gentil. Mas alguns nem däo papo se vc pedir informacao. Uma menininha simplesmente disse que nåo ia me ajudar. Que sacaninha, viu?!