domingo, abril 12, 2009

Lots of days off


As coisas começaram a se inverter por aqui. O céu cinza e triste cedeu espaço a um azul tão limpo que dá vontade de ficar olhando pra cima o tempo inteirinho. O calorzinho começa a vir, batendo os 14º Celsius, o que nos permite usar apenas uma camisa e um casaco, uma única calça, sapatos abertos sem meias, nada de luvas ou de gorros. A luz do sol chega lá pelas 6 da manhã e se vai, pasmem, lá pra 21 horas... É muita claridade e isso te faz perder a noção do tempo completamente. Agora estou aqui, olhando pela janela, o sol nem se arrisca a poer (tá certo, copydesk???) e já são quase 8 da noite.

A suecada fica estendida nos gramados, grupos escolares fazem passeios pela cidade com suas professorinhas “Helena”, os pique-niques acontecem a torto e a direito. Todo mundo na rua, andando, sorrindo, guiando suas bikes. Agora, os suecos estão aptos a olhar nos olhos das pessoas, a trocar um pouco de calor humano. Assim espero.

No sábado, eu, Alessandra, minha amiga italiana, e Ezgi, minha amiga turca, fomos visitar um novo shopping center que inauguraram aqui em Malmö, Entrè. De fato, muito bonito, cheio de vida, vitrines, cores, pessoas, mas, ainda assim, não passa de mais um shopping center. O consumismo foi barrado pela estupidez dos preços. Em Londres, tudo sairia pelo menos pela metade do preço. Sim, I LOVE London.

Na sexta, o jantar de Páscoa, antecipado por conta da possível viagem de alguns dos vizinhos, foi maravilhoso. Basta dizer que absolutamente todos do meu andar compareceram. Meu prato foi pudim, o de Alê, lasanha, e o de Ezgi, uma deliciosa salada turca com um grão que não sei o nome. Os espanhóis levaram deliciosas tortilhas. Os chilenos, arroz doce. As jamaicanas capricharam no tempero apimentado do peixe. Anton levou meatballs, famosas almôndegas. (Sim, comemos carne na sexta-feira da paixão, aqui pode e minha mãe não tava vendo)

As polonesas aderiram com encorpadas e saborosas saladas. A sobremesa dos sul africanos queimou no forno, infelizmente. As suecas me vieram com um pudim de sangue. Isso mesmo, sangue. Maravilha pra minha anemia. Delicioso, com um geléia doce por cima. Os alemães de salada e de pavê de limão. O esloveno caprichou na laranjada. Não me furtei o direito de experimentar nada. Nem do bolo de maxixe do francês. Antes que algum engraçadinho se pronuncie, não, não bateu onda.

Hoje, os amiguinhos vão jogar futebol numa quadra aqui perto. As meninas vão assistir e fazer pique-nique. Não tem melhor programa pra um ensolarado domingo de Páscoa. Vou procurar o coelhinho. Quando eu tinha lá pros cinco, ele me fez uma visita. Quem sabe esse ano de novo?

Um comentário:

Laís Leal disse...

Espero que você curta muito estes momentos, pois sao neles que a gente "sente" o lugar (feel it). Malmö nao é assim LOOOONDRES, mas dá para tirar um bom proveito!

Espero que você estude muito e volte sabendo que este episódio de sua vida é único e jamais terá de volta!

Beijos,

Laís