segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Mudança na neve

Tentando dar o golpe do corte
no sunrise da minha janela


(POST ATRASADO)


Sei, sei, sei, não precisa me dar bronca... eu sei que deveria estar estudando agora, mas, exatamente neste momento, isso é algo entre o impossível e o improvável. Depois de um longo dia de aula, andança e mudandança, estou finalmente no meu novo lar. A excitação não vai nem me deixar dormir. Não sei bem como posso chamar isso aqui, porque não é uma ap e não é simplesmente um quarto na casa de alguém.

Moro no melhor lugar do mundo. Depois da minha casa em Salvador, é bom explicar. Moro no ‘Rönnenblomsgatan 6A, Malmö’. Bem, pelo menos até junho. Aqui só tem jovem. As pessoas mais velhas têm 28 anos, eu e uma alemã. Todo mundo vem de países diferentes. Tem gente da Polônia, do Chile, da França, Estados Unidos, Espanha, África do Sul, Turquia, Austrália, daqui mesmo da Suécia, enfim, um Mexidão Cultural. Legal que a galera aqui fala inglês e eu vou poder praticar mais e mais.

A princípio, ter uma cozinha compartilhada com outras pessoas me pareceu ruim, mas isso foi um engano. Essa é graça do lugar. Pelo menos na minha família, a cozinha sempre foi um ‘espaço óbvio’ de confraternização. Sentados em volta da mesa, blasfemamos, mentimos, falamos o santo nome do Senhor em vão, fofocamos, fazemos feitiçarias, Vodu, maldizemos inimigos e, por que não, alguns ditos “amigos”. Tudo acontece ali, do café ao jantar. Na Rönnen International Student Accomodation não é diferente.

O simples fato de guardar minhas comidinhas na cozinha me fez conhecer a alemã, duas polonesas e o chileno Sebastian. Uma das meninas da Polônia chama-se Karolina, com sotaque polonês. Não é francês nem americano. Ela odeia quando a chamam de Querolaine. O sotaque muda completamente o nome da pessoa. Por isso, faço questão de pronunciar meu nome em português e o dela em ‘pseudo-polonês’.

Simplesmente superdivertido. Cozinhar nessa cozinha, que poderia se chamar brega, realmente é muito louco. Lá tem uma supervaranda comunitária, frequentada apenas pelos fumantes. Não fumantes só no verão.

Meu quarto é muito muito bonito. Graciosamente mobiliado. O banheiro é lindo também. Tudo combinando com as cores azul turquêsa e branco. Demais.

Nenhuma previsão anunciava. Apesar de frio, o fim de semana veio ensolarado. Lindo, lindo, pude ver o céu azulzinho. E lá ficou ele, estendendo em quase uma hora (de relógio) os dias em Malmo. Aproveitei para estudar com a ‘cara virada pro sol’. Que piada! Eu estava era praticamente dormindo, quase me sentindo na praia... Ai, Bahia que não me sai do pensamento, ai, ai...

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