sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Tem mais Deus pra dar que diabo pra roubar, diz mamãe

Santo anjo do Senhor. Sem ironia.

Dia quente em Malmo, fiz minha matinal rotineira visita ao meteorológico site Weather in Sweden. Dois graus Celsius na capital do sossego. Bem, assim poderia ir para meu primeiro Quiz sem precisar de cachecol e gorro. Vesti um suéter a menos do que o costumeiro e parti, reescutando a aula de Darius, meu professor de Literatura (Reading and Responding). Não posso adiantar a nota, mas sei que não fui mal.

Ao final da aula, recorri ao meu colega indiano, Gazy, para pedir um auxílio. Precisava conseguir uma acomodação já. Nunca vi uma pessoa ajudar tanto outra. Nem no Brasil. Ele me conduziu aos sites de busca, fez ligações pra conhecidos, procurou pessoas que poderiam nos orientar. Comparou preços, pesou aspectos negativos e positivos. Me apoiou no Inglês, traduziu expressões desconhecidas. Ficamos três horas e meia atrás do ap. Abandonou o almoço, perdeu o tempo dele. Não me deixou nem um minuto até encontrarmos algo viável e confortável. Um santo. Quando eu perguntei por quê: “Eu já estive no seu lugar e encontrei ajuda”.

Essa também é uma teoria que aplico na minha vida. Não precisa me pagar, apenas faça também por alguém.

Visitamos o escritório de Anna Skarpeke, secretária do International Office da Malmö Högskola (Malmo University). Ela tinha os apartamentos legais e viáveis. Superamigável, me deu todas as orientações para uma estudante de intercâmbio. Meu Deus! Essa mulher me procurou durante duas semanas. Nos desencontramos em horários. Nunca dava certo. Até que desisti. Então, hoje, ela pôde me passar o que eu precisava entender no primeiro dia, mapa da cidade, informações sobre emergências de saúde, um documento compravando que eu sou aluna de intercâmbio, telefone do ‘SAMU’ daqui, endereço de farmácia, e tudo mais.

Fui sozinha visitar o lugar onde vou morar. Espetáculo! Coincidentemente, duas meninas do grupo que furou fila no buzu (vide Turismo na Neve e Tudo Mais), estavam entrando no edifício e eu contei da minha situação, que precisava ver o que iria alugar. Elas me levaram lá, me mostraram o quarto... enorme, dotado de banheiro privativo. A cozinha, a lavanderia e a sala de estar são compartilhadas com todos que moram no mesmo andar, o que achei muito bom. Sociabilização total. O percentual de aproveitamento conto depois.

Liguei para Anna, pra confirmar o aluguel. Segunda ela virá com próximas informações. Provavelmente na terça já tô de mudança. Ufa!

Contrastando (eu posso começar no gerúndio se eu quiser, ok?) com tanta boa-fé, eis um assunto que nem merecia relato. Girl A e Girl B (vide Gente é Gente em Qualquer Lugar do Mundo) discutiram um texto da aula de Literatura ‘Inglesa’ em sueco para me excluir da situação. Teríamos que ser um grupo de três. Blááá!

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